sábado, 29 de setembro de 2012

WE WILL ROCK YOU

We Will Rock You

Buddy you're a boy make a big noise
Playin' in the street gonna be a big man some day
You got mud on yo' face
You big disgrace
Kickin' your can all over the place

Singin'

We will we will rock you
We will we will rock you

Buddy you're a young man hard man
Shoutin' in the street gonna take on the world some day
You got blood on yo' face
You big disgrace
Wavin' your banner all over the place

We will we will rock you

Singin'

We will we will rock you

Buddy you're an old man poor man
Pleadin' with your eyes gonna make you some peace some day
You got mud on your face
You big disgrace
Somebody better put you back into your place

We will we will rock you

Singin'

We will we will rock you

Estas palavras passam despercebidas ao ouvir a música dos  QUEEN na qual sobressai e apenas retemos, a esmagadora batida rítmica de um tema que muitos autores da chamada música rock invejariam criar.

No entanto a palavra rock tem dois sentidos. Além do género musical, ganha um significado agitador.

Agitar ou ser agitado é uma escolha.

Se ao mesmo tempo apela ás capacidades de cada um, por outro lado
lembra-nos a nossa condição de zéz ninguéns.

Se em vez de lama e sangue lá pusermos merda, a imagem seria igual àquela em que os meus avós borrariam a cara de vergonha se fizessem algo que  as suas consciências  condenassem.

O melhor será que alguém nos ponha no devido lugar.
Ou, em alternativa, que nós punhamos alguém no seu devido lugar.
Porque vergonha não têm e muito menos borrarão a cara com merda.

Nota

Fred Mercury foi um génio da expressão corporal e uma voz portentosa.
Bryan May é um génio de engenharia, musical e lírica.

Vão ao youtube. Está lá tudo.

lopesdareosa

sexta-feira, 28 de setembro de 2012

15 DE AGOSTO

Festa em Monção em  Honra da Virgem das Dores

Noite de verbena na Praça de Deu-la-Deu.

Tocam os "Plátanos".

No meio do baile, no meio da multidão, dois olhos amendoados daqueles de que há só dois.

Parecia ter sido feita à imagem de tudo o que num campo de trigo brilha, num dia de Junho, cheio de Sol, em vésperas de colheita.

Mas as águas correm para o Rio e o Rio corre para o Mar.

Não há regresso.

Mas nem tudo vai com as águas. Presas ás margens do Rio Minho, como as pedras da Torre da Lapela, ficam as lembranças.













DOS  CASTELOS  QUE  PEDRA  A PEDRA CONSTRUÍMOS
DE  GRANITO  COMO  O  DESTE  JUNTO  AO  RIO
SUSPENSOS,  PORQUE PENAS,  POR UM FIO
DO  OURO  DE  TUDO  AQUILO  QUE  SENTIMOS

OS ADARVES  (E OS NOSSOS GESTOS)  QUE VÃO SENDO
COISA  VAGA  DE  QUE  APENAS  NOS LEMBRAMOS
PORQUE  FICAM  NOS  LUGARES  ONDE  PASSAMOS
VÃO, POUCO A POUCO,  ESMAECENDO COM O TEMPO

COM O BARRO  -  NOSSO OLHAR  -  QUE FAZ AS JUNTAS
FICARÃO  NUM  REMORSO  PESADO  E  LENTO
NA  POEIRA  LEVANTADA  PELO  VENTO

                                                                   DO ESTIO

NAS  MASMORRAS  DO  INVERNO EM NOITES FRIAS

COMO AS SOMBRAS
QUE SE ERGUEM AO FIM DA TARDE

                                                                   NO VAZIO

FICARÃO,  DENTRO DE NÓS,  EM  NOSSAS  VIDAS
MESMO  QUE  O  SOL  SE  PONHA  E  O  DIA  ACABE 

Tone do Moleiro Novo