segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

FAMILIAS CAPITALISTAS

FAMILIAS CAPITALISTAS


Vá-se lá saber porquê!
 
Dado que a esmagadora maioria das famílias portuguesas vive de salários, ordenados, pensões... ou seja, daquilo a que eufemisticamente se chama de "rendimentos do trabalho" .
 
Tendo o DINHEIRO VIVO escarrapachado que a "TROIKA tira 5,8 mil milhões ao trabalho e dá 4,4 mil milhões ao capital"
 
Acrescentando que o "Rendimento salarial caiu de 65,5 % do rendimento disponível para 62,4%. Já a remuneração do capital subiu para 36,4%"
 
 
Salientando que "A taxa de poupança das famílias diminuiu..."    (PUDERA!)
 
Mesmo assim e apesar de tudo...                                                                                                                
 
"... As famílias portuguesas estão mais capitalistas."
 
E ponto Final

 

Indagando o Dinheiro Vivo se vão (as famílias portuguesas) usar esse rendimento (?)  para reinvestir e gerir emprego.

 
 
Pelo que à minha diz respeito vem pode esperar sentado. E se alguém me bater à porta para que (RE?) invista ou para que crie emprego, dir-lhe-hei que vá gozar outro e mando-o à merda!
 
Tone do Moleiro Novo

quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

VISCA CATALUNHA


Na Carta das Nações Unidas

 Artº. 1

 Os objectivos das Nações Unidas são:
………..
2. Desenvolver  relações  de  amizade entre as nações baseadas  no respeito  do princípio da    igualdade de direitos e da autodeterminação dos povos, e tomar outras medidas apropriadas ao fortalecimento da paz universal.

Não deixa de ser notável que tão importante documento não fale do direito à independência dos povos mas sim no seu direito à autodeterminação.

Dividimo-nos no apoio ou desapoio à independência da Catalunha como se fosse isso que estava em causa e como se fossemos parte interessada no assunto. É evidente que todos temos direito de opinar. Mas o que não temos é o direito de pretender, com a nossa opinião, que os outros não têm direitos.  Ora aqui o que está em questão é o direito a que os Catalães têm de manifestar a sua vontade seja ela pela independência ou não.

Dito de outra forma: 
Eu posso ser de opinião de que a Catalunha não deve ser independente. Mas o que não posso é negar aos Catalães o direito de decidirem!

E o que foi negado à  Catalunha  tanto,  numa aliança curiosa,  pelos opinativos como pelo Governo Espanhol,  não foi o direito à independência mas sim o direito a manifestaram a sua vontade.  – Que até poderia ser contrária a tal desígnio.

Ora tal não aconteceu com a Escócia. A questão é que nem a Escócia é a Catalunha, argumentam, nem tão pouco a Inglaterra é a Espanha - digo eu!

Para ser democrata a Inglaterra nem necessita de Constituição.  
  -   Basta-lhe a Magna Carta.

Mas em Espanha atiram com a constituição à cara dos “independentistas” como se fosse coisa divina que os humanos não pudessem rever.  A nossa, filha da abrilada,  já o foi meia dúzia de vezes!
Portugal reviu a sua para reconhecer, à posteriori,  o Brasil.

Depois se  as constituições fossem  impeditivas de  novas independências não haveria Brasil e caso curioso, ás tantas nenhum dos países latino americanos que estariam grudados à Espanha pela sua Constituição á data da sua independência!

Outro argumento contra a independência da Catalunha é a de nunca ter sido um Estado independente.  
Esta é de cabo de esquadra.  
As coisas antes de o serem não o são!       
As excepções são  a pescada e o meu amigo Amado de Barroselas.

Portugal antes de ser independente não o era!

- E os outros!

Depois essa de não ter sido independente tem muito  que se lhe diga.
A quem isso argumenta que o vá dizer aos historiadores catalãs.
Ou nem é necessário. Perguntem ao Nosso Matoso que relata o casamento do também Nosso Sancho I com Dulce de Aragão que era filha do Conde de Barcelona,  Ramon Berenguer IV e de Petronila de Aragão  cujo enlace (1150)  fez com que a partir daí o Condado de Barcelona se unisse à Coroa de Aragão.


Depois vão saber quem foi o Pai de Ramon Berenguer IV – um tal Raimundo Berengário III Conde de Barcelona, este filho de Raimundo Berengário II, também Conde de Barcelona, que era  filho de Raimundo Berengário I - o Velho, Conde de Barcelona, que era filho de Berengário Raimundo - o Curvo, conde de Barcelona,  filho de Raimundo Borel I Conde de Barcelona, este filho de Borrell II  Conde de Barcelona , que era filho de Suniário I Conde de Barcelona, filho de Vifredo I de Barcelona, filho de Sunifredo de Narbona, Conde de Barcelona, filho de Belo de Carcassone, que dizem que filho de Teodorico Maquir e este de um tal Habibai Bem Natroni, sabe-se lá de onde...

E me informem a quem é que os Condes de Barcelona prestavam  vassalagem  antes da Catalunha se unir a Aragão e depois de se autonomizarem  em relação ao poder carolíngio.

Quando souberem contactem!

Tone do Moleiro Novo I - O Chato.

segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

OS CRIMES DO ACORDEÃO

Este livro é um espanto!

Não sei como é que a autora coleccionou tantos dados. Está lá tudo. As origens, o acordeão que não era VERDE mas era verde. Castelfidardo. As viagens, a afinação, os afinadores, as ferramentas, o diatónico que, ao contrário do que muito boa gente pensa, não significa um som pra dentro e outro pra fora! As diferentes culturas por cujas mãos foi passando a caixa do inferno, umas vezes roubada, outras vendida e comprada, outras perdida e achada, até que por fim estilhaçada por um camião qualquer depois de ter sobrevivido quase um século na tragédia da imigração em La Mérica!



Na capa um moço tocador. Talvez Siciliano mesmo!

Só faltou à autora colocar o instrumento nas mãos de um Português. Gente que como todos os povos humildes da Europa e não só, o adoptou e ao qual adaptou os Viras, as Chulas, os Malhões, as Canas Verdes as Gotas!

Tantos testemunhos!
Harmónio na Primeira Guerra Mundial


Embarque para Angola. Quase que apostava que era um Vira o que tocavam e dançavam!
Foto em http://bloguedominho.blogs.sapo.pt/tag/primeira+guerra+mundial




Aldeia Francesa festa com a população 14 de Julho. Lá estão os harmónios com um cordofone que parece uma guitarra portuguesa. Da mesma fonte.


Tocador de Harmónio imagem em
http://etnografiaemimagens.blogspot.pt/2012/12/instrumentos-musicais-tradicionais.HTML

Américo Quaresma - Arouca - Gente feliz!






































No filme Maria Papoila, lá estão as caravelhas do velho harmónio

O tocador do harmónio que não era tocador. Era um atleta do Algés e Dafundo salvo erro!

António Taboeira de Cantanhede. Imagem abaixo, encontrada  em http://gandrasmexicocostarica.blogs.sapo.pt/2011/04/




Esta fotografia encontrei-a em http://cintraseupovo.blogspot.pt/2010/05/instrumentos-da-regiao-saloia.HTML

Um alentejano de nome Bernardo Lopes Póvoa























Nelson Vilarinho, Alto Minho.





















ah!
- Há o Hermeto Pascoal brasileiro sem palavras em https://www.youtube.com/watch?v=jxh6gbohJLs



Mais recentemente dei de caras com um outro italiano, este   deste tempo que bem poderia ser bisneto daquele outro (talvez Siciliano) da capa do livro.
Chama-se ALESSANDRO GAUDIO é italiano de Sapri na Região de Campania
















Pra ver o que isto significa vão a:
https://www.youtube.com/watch?v=VXvf6-0DVbM


Neste vídeo está bem explicado o que é que significa DIATÓNICO - dois tons.

E o que significa um som para dentro outro para fora - Bissonoro

https://www.youtube.com/watch?v=pryrsUGge-Y
















Acontece que os tocadores portugueses pouco saem de casa e ainda não apareceu o nosso Kepa Junkera. O certo é que nos grandes encontros por esse mundo fora não aparecem. Os irmãos Lopes serão das excepções a  mais notória. A Cana Verde ainda não se universalizou. No entanto já temos muitos que podem ombrear com os melhores. O Ruca, O Delfim Jr. Os Cerquidos, entre outros.
Mas há um que não posso deixar de particularizar. Aliás as parecenças físicas com o italiano Alessandro são notórias! É o Nosso Ricardo Ferreira.


Vejam do que ele é capaz em https://www.youtube.com/watch?v=k4-ubJra9VU


Mais uma referência, a fundamental.
DANÇAS OCULTAS, caso único no mundo, talvez em Portugal!
Crisma genial onde tudo o que se toca tem uma dança escondida! Por detrás de cada concertina há uma dança ideal.

E ao Artur Fernandes que daquele micro clima cultural que é Águeda e da grande escola de concertinas que é a Casa do Rio, me chamou a atenção para o livro Os Crimes do Acordeão.

Em português deveria ser Os crimes das Concertinas já que envenenam as nossas almas!

lopesdareosa